6 coisas que NÃO deve fazer ao criar uma marca pessoal no setor imobiliário

No setor imobiliário, onde a confiança e a reputação são fundamentais, a marca pessoal passou a ser um dos principais fatores de diferenciação entre consultores. Já não basta saber vender: é essencial ser reconhecido como uma referência, alguém em quem os clientes confiam e com quem querem trabalhar.

Muitos profissionais ainda cometem erros que, mesmo sem intenção, prejudicam a forma como são percepcionados. Falta de clareza na comunicação, posicionamento inconsistente e ausência de estratégia são algumas das falhas mais comuns.

Está a posicionar-se de forma clara no mercado? Está a comunicar valor ou apenas a vender serviços? A presença digital transmite profissionalismo ou passa despercebida?

Neste artigo, identificamos seis erros que devem ser evitados ao criar uma marca pessoal no setor imobiliário e explicamos como cada um pode afetar diretamente a credibilidade, visibilidade e crescimento do profissional.

Fingir ser alguém que não é

Um dos erros mais comuns e prejudiciais é tentar construir uma imagem que não corresponde à realidade. Muitos profissionais, especialmente os que estão a iniciar carreira no imobiliário, sentem a pressão de aparentar sucesso imediato. No entanto, este tipo de abordagem acaba por criar desconfiança.

Ser autêntico é sempre a melhor estratégia.

Os compradores e vendedores valorizam mais alguém genuíno, transparente e dedicado, do que alguém que parece inalcançável ou artificial. Por isso, em vez de fingir experiência que ainda não tem, mostre o que está a aprender, como trabalha e quais os seus valores. Assim, cria uma ligação genuína, o que gera confiança.

Não definir um posicionamento claro

Um dos pilares mais importantes na construção de uma marca pessoal sólida, especialmente no setor imobiliário, é ter um posicionamento claro. Ou seja, saber exatamente quem é, o que representa e que tipo de valor acrescenta ao mercado.

Muitos consultores tentam abranger tudo – imóveis de luxo, arrendamentos acessíveis, terrenos, prédios, investidores estrangeiros – com a intenção de não perder oportunidades. No entanto, esta abordagem generalista tem um custo: a perda de identidade e diferenciação.

No mercado atual, a confiança é essencial – e a confiança começa com clareza.

Uma marca pessoal forte não se constrói ao agradar a todos. Constrói-se através da consistência, da clareza e da especialização. Quando define um nicho – seja habitação familiar em determinada zona ou imóveis para investimento – torna-se mais fácil para os clientes reconhecerem o valor do profissional e confiarem no consultor como especialista naquele segmento.

Um posicionamento bem definido permite-lhe comunicar com mais intenção, atrair os clientes certos e construir uma reputação sólida e duradoura. Contudo, num mercado cada vez mais competitivo, ter o posicionamento certo não acontece por acaso. É a formação adequada que permite ao consultor imobiliário ganhar clareza sobre o seu papel, comunicar com confiança e ocupar o seu lugar com autoridade.

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Publicar em excesso (ou sem estratégia) nas redes sociais

As redes sociais são hoje um dos principais canais para construir uma marca pessoal. Permitem aos profissionais estabelecer uma ligação directa com o seu público-alvo, demonstrar autoridade e criar relações que vão para além da mera transação comercial. Assim, quando utilizadas de forma estratégica, tornam-se uma montra eficaz para atrair potenciais clientes e consolidar a reputação no mercado.

Muitos profissionais optam por partilhar, de forma indiscriminada, todos os imóveis que têm em carteira, diariamente, sem qualquer curadoria de conteúdo. Contudo, esta prática, a médio prazo, tende a saturar a audiência e a comprometer a eficácia da comunicação.

Estar presente não é sinónimo de estar bem representado.

O segredo está no equilíbrio. Em vez de manter uma frequência constante de publicações desorganizadas, o consultor deve priorizar a qualidade do conteúdo, optar assim por partilhar com menos regularidade, mas de forma mais impactante. Para tal, é essencial adotar uma abordagem estruturada, que valorize a criação de conteúdo relevante e consistente, alinhado com a identidade e os objetivos da sua marca pessoal.

Mudar constantemente de estilo e mensagem

Quando o consultor alterna entre estilos formais, descontraídos ou emocionais, o público perde a clareza sobre a verdadeira identidade do consultor. A falta de consistência na abordagem dificulta o entendimento claro sobre sua proposta de valor, o que prejudica a construção de uma marca pessoal coesa e autêntica. Ou seja, este desencontro entre a imagem transmitida e a percepção desejada pode afetar a confiança do cliente e influenciar negativamente a credibilidade do profissional.

Uma marca pessoal consistente é a base da confiança; sem ela, até as melhores intenções podem perder-se na incerteza.

Além disso, a consistência é fundamental para criar uma experiência de marca reconhecível e confiável. Ao alinhar sua comunicação com os seus valores e objetivos, o consultor fortalece sua identidade no mercado, estabelecendo assim uma conexão mais sólida com seu público. A clareza e a transparência, portanto, são elementos essenciais para consolidar uma reputação duradoura e bem-sucedida.

Estar sempre a tentar vender

Muitos profissionais cometem o erro de confundir a construção da marca pessoal com uma abordagem publicitária constante. Quando o foco está apenas em promover serviços, como acontece quando se publicam apenas anúncios de vendas, o público tende a perder o interesse e a desligar-se.

Uma marca pessoal que vive de vender morre ignorada. A que vive de gerar valor torna-se inesquecível.

É fundamental adotar uma abordagem mais abrangente. Por isso, o consultor imobiliário deve partilhar o seu conhecimento especializado, responder a questões frequentes ou até partilhar experiências e histórias reais. Assim, quando educa, esclarece ou inspira, cria uma ligação genuína com as pessoas, que se traduz numa confiança duradoura. Esta confiança, construída ao longo do tempo, é o que, eventualmente, leva a resultados concretos, como a fidelização de clientes e o crescimento do seu negócio, sem recorrer à pressão constante para vender.

Estagnar e não acompanhar as mudanças do mercado

O mercado imobiliário está sempre a mudar. As tendências de compra e venda, as necessidades dos clientes e até as regulamentações legais alteram-se frequentemente. Se um consultor não acompanhar essas mudanças, corre o risco de perder o contacto com as necessidades reais dos clientes.

Quem não acompanha o ritmo do mercado, acaba por ser ultrapassado até por quem começou depois.

Ignorar a evolução do setor enfraquece a credibilidade do consultor, reduz a sua capacidade de gerar confiança e posiciona-o como alguém desatualizado perante um público que valoriza conhecimento atual, agilidade e visão estratégica. Mais do que vender imóveis, um consultor imobiliário deve ser visto como um especialista em constante evolução. Por isso, permanecer estático, enquanto o mercado avança, é comprometer a relevância e o crescimento sustentável da marca pessoal.

A marca pessoal está presente em tudo o que o consultor imobiliário faz, seja na forma como o profissional comunica e se posiciona, seja como entrega valor diariamente. Por isso, cada passo dado deve ser consciente e estrategicamente alinhado com os objetivos profissionais e com as necessidades do mercado.

Não basta estar presente, é fundamental estar presente com intenção, propósito e coerência. Num setor altamente competitivo, a diferença entre ser mais um e ser uma referência está na forma como se gere e se projeta a marca pessoal.

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